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domingo, junho 14, 2009

Provações Coletivas – por quê?

Em verdade te digo que de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último ceitil.01
Digo-te que não sairás dali enquanto não pagares o derradeiro ceitil. 02
A Doutrina Espírita ou Espiritismo Cristão da atualidade trouxe-nos uma nova visão sobre a nossa existência na Terra, como Consolador Prometido por Jesus 03,
que veio para “para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito”. 04 Assim:

[...] o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento
das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai
para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança. 05


Ultimamente, temos sido abalados por notícias chocantes que nos deixam perplexos diante de tanta dor e angústia a começar pelo tsunami 06 de 2004, onde mais de 200.000 pessoas desencarnaram de uma só vez. Tivemos acidentes de avião onde centenas de pessoas desencarnaram de forma dolorosa, crianças que morreram queimadas em creches e orfanatos, acidentes com veículos onde famílias inteiras morrem; terremotos, furações, verdadeiros desastres naturais, onde a força humana nada é diante da fúria da natureza.
Para aqueles que não admitem a palingenesia 07, assim como a própria mídia falam de tragédias, como as ocorridas com a aviação atualmente, ou como os acidentes com as crianças no México e no Brasil, onde morreram em incêndios, utilizando o termo “fatalidade”. Mas, fica a pergunta: por que justamente com aquelas pessoas? Qual a razão da morte chocante de crianças como a que ocorreu no México recentemente?
A Doutrina Espírita esclarece que não renascemos na Terra para sofrer, mas para evoluir. O sofrimento é apenas conseqüência de nossos atos contrários à Lei de Deus, que está escrita “na consciência”. 08
Podemos resgatar nossos erros do passado de diversas formas, não necessariamente pelo sofrimento. Existem, porém, situações em que o imperativo da dor, do resgate doloroso se faz imprescindível, senão vejamos:
Imaginemos que fossem analisar as origens da provação a que seacolheram os acidentados de hoje... Surpreenderiam, decerto, delinqüentes que, em outras épocas, atiraram irmãos indefesos do cimo de torres altíssimas, para que seus corpos se espatifassem no chão; companheiros que, em outro tempo, cometeram hediondos crimes sobre o dorso do mar, pondo a pique existências preciosas, ou suicidas que se despenharam de arrojados edifícios ou de picos agrestes, em supremo atestado de rebeldia, perante a Lei, os quais, por enquanto, somente encontraram recurso em tão angustioso episódio para transformarem a própria situação. Quantos milhares de irmãos encarnados possuímos nós, em cujas contas com os Tribunais Divinos figuram débitos desse jaez? 09 (grifo meu)

Assim, conforme se depreende do ensinamento dos Espíritos Amigos, esses irmãos que desencarnaram de forma dolorosa em acidentes de variegadas formas estão resgatando pesados compromissos do passado próximo ou remoto, com a única diferença que, ao invés de resgatarem
individualmente, estão reunidos com aqueles outros que trazem o mesmo tipo de compromisso, em diversas faixas etárias.
Esse ensinamento está claro na orientação dos Espíritos Reveladores:
851. Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso,que vem a ser do livre-arbítrio?

A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. Escolhendo-a, institui para si uma espécie de destino, que é a conseqüência mesma da posição em que vem a achar-se colocado. Falo das provas físicas, pois, pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir. Ao vê-lo fraquejar, um bom Espírito pode vir-lhe em auxílio, mas não pode influir sobre ele de maneira a dominar-lhe a vontade. Um Espírito mau, isto é, inferior, mostrando-lhe, exagerando aos seus olhos um perigo físico, o poderá abalar e amedrontar. Nem por isso, entretanto, a vontade do Espírito encarnado deixa de se conservar livre de quaisquer peias.”

852. Há pessoas que parecem perseguidas por uma fatalidade, independente da maneira por que procedem. Não lhes estará no destino o infortúnio?

São, talvez, provas que lhe caiba sofrer e que elas escolheram.
Porém, ainda aqui lançais à conta do destino o que as mais das vezes é apenas conseqüência de vossas próprias faltas
. Trata de ter pura a consciência em meio dos males que te afligem e já bastante consolado te sentirás.” 10 (grifosmeus)

Como ainda somos a grande maioria Espíritos endividados com o passado, ainda vamos ver muitas situações dessas na Terra, resgates coletivos ou não, sob as mais variadas formas, sejam naturais, sejam produzidos pelas mãos do próprio homem, cabendo aqui, a advertência de Jesus: "Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!" 11
01 - Mateus, 5:26
02 - Lucas, 12:59
03 - KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.Rio de Janeiro: FEB, 1996, 112. ed. Cap. VI, itens 3-4, p.128
04 - ___,___, idem, ibidem
05 - ___,___, idem, ibidem, p.129
06 - TSUNAMI: significando literalmente ondade porto) é uma onda ou uma série delas que ocorrem após perturbações abruptas que deslocam verticalmente a coluna de água, como, por exemplo, um sismo, actividade vulcânica, abrupto deslocamento de terras ou gelo ou devido ao impacto de um meteorito dentro ou perto do mar. Há quem identifique o termo com "maremoto" — contudo, maremoto refere-se a um sismo no fundo do mar, semelhante a um sismo em terra firme e que pode, de facto originar um(a) tsunami. acessado em 11/06/2009
07 - vidas sucessivas - reencarnação
08 - KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.Rio de Janeiro: FEB, 1995, 76. ed. III Parte, Q.621
09 - XAVIER, Francisco C. Açãoe Reação. Pelo Espírito de André Luiz. Rio de Janeiro: FEB,1996,11. ed. p.246
10 - KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.Rio de Janeiro: FEB, 1995, 76. ed. III Parte, Q.851-852
11 - Mateus, 18:7

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