Já li este texto com várias
versões que nem lembro qual a oficial, mas é mais ou menos assim: conta-se que
em um navio em alto mar, uma tempestade o atingiu com toda a sua força,
assustando os passageiros, que correram para suas cabines, alguns já apavorados.
Notaram, então, que uma criança ficara no convés, tranquilamente, como se nada
estivesse acontecendo. E, quando chamaram sua atenção para a tempestade e a
violência das procelas furiosas, jogando o navio de um lado para o outro,
perguntando se ela não tinha medo, ela respondeu simplesmente: “Meu pai é o
capitão deste navio. Ele está no leme!”
É exatamente o que está ocorrendo
com o nosso mundo, com notícias avassaladoras de guerras iminentes ou em
andamento, de governos feitos por homens corruptos que tiram o remédio e o pão
da boca dos necessitados deste mundo, ainda de provas e expiações, onde a
justiça ainda parece se dobrar diante do descalabro moral de uma sociedade que
ainda permanece nos instintos primários do tribalismo feroz, quais feras
sanguinolentas.
Mas, apesar das violências das
procelas do mundo, aqui representados por todos aqueles que têm a oportunidade
de desenvolver o progresso da sociedade, em todos os seus setores e que,
infelizmente, atraem para si mesmas, os ditames da lei causa e efeito, que as constrangerão
ao pranto e às lágrimas, ao ranges de dentes da expressão evangélica, JESUS
ESTÁ NO LEME!
Sim, irmãos cristãos de todos os
matizes e interpretações: Jesus está no leme; Ele está no barco e com Ele no
barco, a tempestade virá sim, mas será amainada!
Esta nave na qual viajamos
universo afora, não está abandonada pelo Cristo Divino. Neste exato momento Ele
aprecia nossos valores em seus ensinamentos, em seus exemplos e espera de nós a
adesão plena à sua proposta de renovação interior, para a melhoria de nossa
sociedade.
Se há governos iníquos é porque
os seus governantes ainda não despertaram para as vivências do Evangelho Redentor.
Se há sociedades revoltadas, que
buscam a luta armada e fratricida para implantar suas reformas efêmeras, porque
lastreadas na lei do mais forte, é porque seus membros ainda não compreenderam
a necessidade de dar para receber.
Se há infância abandonada,
velhice desamparada, presídios, campos de morticínio, notícias de sofrimento
nesta humanidade que vai aos seus diversos cultos e cria o seu próprio deus, é
porque esqueceram os ensinamentos de Jesus.
Ainda que a nossa fé seja tal qual
uma bruxuleante chama de uma vela, enfrentando a fúria de mil furacões, ela é
irmã da radiosa luz das estrelas [1] e, num quarto escuro e
fechado, de nada nos serve a luz das estrelas, mas a luz humilde de uma vela!
Confiemos, pois Jesus está no
leme e o barco não soçobrará!