Não quero me deter aqui em longos textos biográficos sobre as
personagens que vamos ver mais adiante, mas apenas trazer à baila informações
que nos foram apresentadas por nossa querida médium, Yvonne do Amaral Pereira,
em seu extraordinário livro Devassando o Invisível.
Quero, não obstante, abrir um parêntese que é para chamar a
atenção, seja dos neófitos, seja dos mais “antigos” na Doutrina Espírita para o
fato de que, nos últimos anos, tem-se relegado ao abandono obras de autores e
médiuns como a própria Yvonne e de tantos outros.
Se formos falar dos clássicos então, chega a ser
consternador o esquecimento a que são relegados.
Nada contra os novos autores, que fique bem claro. Mas
estamos esquecendo livros de um conteúdo sobre o Espiritismo que é
impressionante.
Gabriel Dellane, Leo Denis, os romances mediúnicos de
Emmanuel, os da própria Yvonne, etc.
Mas, vamos ao que interessa.
No livro já citado, Devassando o Invisível, Yvonne do Amaral
Pereira, nos apresenta, pelo menos, cinco existências de Chopin.
Digo, “pelo menos”,
porque entre essas quatro existências, a individualidade espiritual teve outras de lutas e aprendizados, até chegar às culminâncias da conhecida como Chopin.
Vamos conhece-las
PÚBLIO OVÍDIO NASO:
(em latim: Publius Ovidius Naso), conhecido
como Ovídio nos países de língua portuguesa (Sulmona, 20 de março de 43
a.C. — Constança, Romênia, 17 ou 18 d.C.) foi
um poeta romano que é mais conhecido como o autor
de Heroides, Amores, e Ars Amatoria, três grandes coleções de
poesia erótica, Metamorfoses, um poema
hexâmetro mitológico, Fastos, sobre o calendário romano,
e Tristia e Epistulae ex Ponto, duas coletâneas de poemas
escritos no exílio, no mar Negro.(1)
Para ter nascido com a propensão à poesia, podemos
conjecturar que Ovídio, certamente, teve existências passadas voltadas à esta
arte, trazendo como ideia inata (2),
tão forte era a sua busca pela poesia, não seguindo as orientações do seu pai,
que o queria estudando retórica.
Seria bastante interessante se tivéssemos revelações sobre as
vidas que antecederam a de Ovídio.
RAFAEL SANZIO:
(em italiano: Raffaello Sanzio; Urbino, 6
de abril de 1483 — Roma, 6 de abril de 1520), frequentemente referido
apenas como Rafael, foi um mestre da pintura e da arquitetura da escola de
Florença durante o Renascimento italiano, celebrado pela perfeição e suavidade
de suas obras. Segundo historiadores e mestres da arte, o mais adequado é
chamá-lo de Raffaello Santi, já que Sanzio fazia referência apenas ao seu local
de nascimento e Santi era o sobrenome de seu pai, Giovanni Santi, nascido em
Lucca, na Toscana. Junto com Michelangelo e Leonardo da Vinci forma a tríade de
grandes mestres do Alto Renascimento. (3)
Entre a desencarnação de Ovídio (17 ou 18 d.C.) e a nova reencarnação como Rafael Sanzio (1483), temos um transcurso de 1.465
anos e, voltamos a repetir que, evidentemente, outras existências,
provavelmente envolta nas Artes, Ovídio teve antes de seu renascimento como
Rafael.
Em mais de 1.000 anos de uma existência para outra, Ovídio
desenvolveu ainda mais seu gosto pelas Artes, porém não mais na poesia, mas na
pintura, “a poesia com tintas”, e
isto é perfeitamente crível ante a orientação trazida pelo Espíritos
Reveladores a Allan Kardec (com destaque
meu):
220. Pode o Espírito, mudando de corpo, perder algumas faculdades intelectuais, deixar de ter, por exemplo, o gosto das artes?“Sim, se conspurcou a sua inteligência ou a utilizou mal. Além disso, uma faculdade pode permanecer adormecida durante uma existência, por querer o Espírito exercitar outra, que nenhuma relação tem com aquela. Fica, então, em estado latente, para reaparecer mais tarde.”
É bem verdade que os Espíritos complementam “que nenhuma relação tem com aquela”,
mas isto não deve ser tomado como regra absoluta, porque seria ilógico.
Veja-se que Ovídio, reencarnando como Rafael, está envolvido
com as Artes, mas desta vez, através da pintura, representando sua poesia em
quadros magistrais.
A Transfiguração, por Rafael Sanzio |
A evolução do Espírito não dá saltos e, quando vemos determinada
pessoa com grande habilidade, seja em que área for, tenhamos a certeza do
aprendizado anterior.
Quando e como começamos determinados aprendizados,
ignoramos.
Vinte anos depois do descobrimento do Brasil, aos 6 de abril
de 1520, Rafazel Sanzio fechava os olhos do corpo físico para continuar, na
Vida Extrafísica a sua jornada evolutiva, como ocorre com todos nós.
FRÉDÉRIC FRANÇOIS
CHOPIN, também chamado Fryderyk Franciszek Chopin (Żelazowa Wola, 22 de fevereiro ou 1 de março de 1810 — Paris, 17 de outubro
de 1849), foi um pianista Polonês radicado na França e compositor para
piano da era romântica. É amplamente conhecido como um dos maiores compositores
para piano e um dos pianistas mais importantes da história. Sua técnica
refinada e sua elaboração harmônica vêm sendo comparadas historicamente com as
de outros grandes compositores, como Mozart e Beethoven, assim como sua
duradoura influência na música até os dias de hoje.(4)
Simplesmente, Chopin! Um dos maiores gênios da música que
pisou neste mundo.
Transcorreram 290 anos entre a vida de Rafael Sanzio e a
nova existência na qual ficou conhecido como Frederico Francisco Chopin.
Não conheço nenhum relato sobre este interstício, se se
passou todo na espiritualidade, o que acho difícil, preferindo crer que tenha
tido outras vidas nesse período.
Não há muito o que se falar sobre Chopin porque, basta uma
simples pesquisa na internet para encontrarmos 49.300.000 resultados para o
nome “Chopin”.
Remeto os leitores ao livro Devassando o Invisível e ao livro Grandes Vultos da Humanidade e o Espiritismo, de Sylvio Brito
Soares, publicado pela FEB, que traz um capítulo sobre Chopin à página 111 da
2ª edição.
ENCARNAÇÃO
DESCONHECIDA
Ainda segundo o relato de Yvonne do Amaral Pereira, após a
existência como Chopin, ele “se submeteu
a uma nova existência, curta, humilde e apagada, mas triunfante e meritória
para si próprio, depois da glória imortal com que presenteou o mundo.”
O livro não revela onde e quando foi essa encarnação quando, apagado para o mundo, certamente desenvolveu ainda mais a humildade.
NOVA ENCARNAÇÃO –
ANOS 2000.
Assim nos relata Yvonne do Amaral Pereira (destaque meu):
Asseverou-nos que sabia ser ele muito amado pelos brasileiros, o que particularmente o enternece. Mas observa que ninguém lhe dirige uma prece, e que necessita desse estímulo para as futuras tarefas que empreenderá, ao reencarnar, quando pretende servir a Deus e ao próximo, o que nunca fez através da música. Declarou que, salvo resoluções posteriores, pretende reencarnar no Brasil, país que futuramente muito auxiliará o triunfo moral das criaturas necessitadas de progresso, mas que tal acontecimento só se verificará do ano de 2000 em diante, quando descerá à Terra brilhante falange com o compromisso de levantar, moralizar e sublimar as Artes. Não poderá precisar a época exata. Só sabe que será depois do ano de 2000, e que a dita falange será como que capitaneada por Vítor Hugo, Espírito experiente e orientador (a quem se acha ligado por afinidades espirituais seculares), capaz de executar missões dessa natureza.
Mais
uma vez quero chamar a atenção para não tomarmos as palavras de forma absoluta
para afirmar que Chopin já estaria reencarnado no Brasil.
Vejamos
os pontos que destaquei:
1 - Salvo resoluções
posteriores, pretende reencarnar no Brasil: ou seja, o projeto de sua
reencarnação no Brasil poderia ser alterado;
2 - Tal acontecimento só se
verificará do ano de 2000 em diante: a reencarnação, se fosse ocorrer, não seria no ano
2000, mas daí em diante;
3 - Não poderá precisar a
época exata. Só sabe que será depois do ano de 2000: belo esclarecimento para
aqueles que vivem precisando datas.
Agora
vamos fazer um exercício de imaginação e pensar que, entre nós poderá estar
reencarnado um dos gênios das Artes: Ovídio
(poeta), Rafael Sanzio (pintor) e Chopin (músico).
Três
personalidades, a mesma individualidade, o mesmo Espírito!
E disse Jesus: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.(5)
[1] -
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ov%C3%ADdio
[2] -
KARDEC. Allan, in O Livro dos
Espíritos, 2ª Parte, Cap. 4, questão 218. Encarnado, conserva o Espírito algum
vestígio das percepções que teve e dos conhecimentos que adquiriu nas
existências anteriores? “Guarda vaga lembrança, que lhe dá o que se chama
ideias inatas.”
[3] -
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Rafael
[5] -
João, 3:3
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